Análise Completa - Rise of the Argonauts


"Rise of the Argonauts" é um jogo RPG de ação lançado em 2008 tendo toda a trama voltada para a mitologia de Jason e os Argonautas em busca da lã dourada. Apesar de não ter obtido tanta popularidade, este é sem dúvidas um título indispensável para amantes da mitologia grega, que é muito bem aplicada em diferentes quadros da história. Mesmo denominado como RPG, o jogo tem fortes elementos de hack'n'slash, com um combate um tanto quanto simples e repetido, além de muitos inimigos a serem derrotados no caminho.

Dados do Jogo

Gêneros: ação, aventura, mitologia, RPG, hack'n'slash.
Desenvolvedor: empresa americana Liquid Entertainment.
Disponível em português? Não.
Número de conquistas Steam: não possui.
Dificuldade em obter todas as conquistas: não possui.
Nota geral pela Metacritic: 7.3/10.
Tempo estimado de campanha: 10 horas.
Recursos: compatibilidade controle.
Conteúdo adicional: nenhum.
Plataformas: Windows, Xbox 360, PS3.

Jogabilidade


A visão é em terceira pessoa e as interfaces estão presentes. O sistema de revitalização ocorre de forma automática uma vez fora de combate, porém durante a luta é possível utilizar um recurso de cura, atuando como um tipo de poder comum em RPGs. Existem vários poderes únicos com efeitos específicos, sendo que os mesmos podem ser adquiridos e aprimorados através de pontos de perk, ganhos no decorrer da campanha. Não há um sistema útil de nivelamento, como não há outro meio de treinar além de completar o jogo em si (não existem NPCs extras ou que reaparecem com o tempo). O combate é simplório e repetitivo, mas cenas de finalização o torna épico (com a decapitação do inimigo ou o desmembramento do mesmo). A exploração do cenário é quase que inexistente, como não é possível receber nenhum item por isso, e nem mesmo ter acesso a um inventário.

Sobre o Enredo


Muitos podem achar a história clichê de início, como se trata de uma busca de amor e vingança feita por Jason, rei de Ioulcus, que perdeu sua esposa para uma irmandade de assassinos nomeados Black Tongues e, não aceitando o fato, parte em uma aventura épica atrás de uma maneira de trazer sua amada de volta à vida e destruir os conspiradores que a mataram. Apesar de parecer trivial, o enredo vai se expandindo e ficando cada vez mais complexo no decorrer da trama, transformando a busca em algo incrível que passa a englobar investigações, desafios e diplomacias políticas em diferentes lugares, realizando também algumas tarefas de diferentes deuses (focando em Apollo, Áres, Hermes e Atenas).


A história é realmente muito boa. Ela pode ser dividida em 6 partes diferentes: o epílogo, que se passa na ilha de Ioulcus e parcialmente em Delphi, onde vive a oráculo de Apollo; três fases em três ilhas diferentes, cuja ordem é escolhida pelo jogador; uma fase que se passa em Tartarus e o prólogo que também se passa na ilha de Ioulcus. Pode parecer uma campanha curta, mas leva-se cerca de 10 horas para completar o jogo, isso pelo fato de que cada uma das três ilhas englobam muita história e muitos acontecimentos magníficos, além de que cada fase do jogo apresenta um Boss, exceto o epílogo. 

Fases e Cenários


É um tanto quanto divertido explorar as três ilhas diferentes, a primeira era um antigo templo de Atenas, agora em ruínas, as quais você vai explorar para descobrir o que aconteceu com os habitantes e como libertá-los da maldição; a segunda é uma floresta densa dominada por sátiros e centauros, e você vai ajudar a solucionar um mistério por trás de uma fera poderosa que habita na mata e causou a morte de muita gente, mas que pode não mostrar ser o que você pensava. A última ilha é uma cidade grande da Grécia, com muitas construções e mercadores; você vai ajudar a solucionar vários problemas políticos no lugar e o melhor, vai dar uma de Gladiador em uma arena contra vários inimigos diferentes, sendo observado e aplaudido (ou vaiado) pelo público! Além do mais durante a trama você faz escolhas que te afetam ao longo do jogo, por isso, em alguns momentos há mais de um jeito de derrotar o inimigo ou opções de diálogo de livre escolha. Por exemplo na Medusa, você pode escolher atacar a criatura para matá-la ou destruir sua estátua dourada para poupá-la.

Sobre os Bosses


Cada chefão possui mecânicas diferentes de combate e com segredos diferentes para serem derrotados. Nenhuma batalha vai ser simplesmente enfiar a espada no coração do boss até que ele morra, muito pelo contrário, você vai ter que usar diferentes estratégias e melhor, vai ter que entender, após morrer algumas vezes, como derrotar o inimigo. Entre os vários posso citar a Medusa, um Centauro e Aquiles. Em contrapartida os inimigos normais em si são praticamente todos iguais: guerreiros de rocha, magos da black tongue, minotauros.... Praticamente o jogo todo lutando contra as mesmas criaturas, até no Tártaro.

Resumo Final


"Rise of the Argonatus" é sem dúvidas um banquete para interessados na mitologia grega. Nele você vai encontrar ilustres personagens, como Hércules, Dédalus, Patroclus, Perseu, Epimeteu e Prometeus, entre outros. O jogo tem muitas cenas de ação e varia desde lutas épicas em até debates sobre conhecimento e filosofia, você vai realmente se sentir na Grécia Mitológica! É possível separar os prós e contras do jogo como um todo conforme segue abaixo.


Pontos Positivos:


>> Um enredo que se desenvolve de maneira fantástica
>> Diferentes lugares para visitar e travar lutas
>> Finalizações épicas com direito a desmembramentos
>> Várias habilidades, ou poderes, com efeitos únicos
>> Bosses desafiadores e complexos
>> Aparecimento de personagens ilustres e marcantes
>> Possibilidade de fazer escolhas que afetam no jogo
>> Efeitos de sons e vozes bem trabalhados


Pontos Negativos:


>> Elementos de RPG bem limitados
>> Sistema de nivelamento e perks muito fraco
>> Combate repetitivo com inimigos repetitivos
>> Trilha sonora que deixa muito a desejar (músicas)
>> Mapas pequenos e bem limitados
>> Nenhuma conquista ou carta colecionável




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