Análise Intermediária - Ryse: Son of Rome


"Ryse: Son of Rome" é um dos melhores títulos já criados sobre o Império Romano, que inspira muita gente até hoje, tendo fãs espalhados pelo mundo inteiro. A crytek conseguiu criar algo bonito e imersivo, o que já era de se esperar, afinal é a mesma produtora da saga memorável "Crysis".


Pontos Positivos:


-> Enredo: apesar de não ser o foco principal, a trama é construída de uma maneira muito boa, parece bobinha de início, mas no decorrer das fases você percebe que se trata de algo muito maior, acontecendo uma reviravolta incrível, e aquela história que seria de heroísmo, passa a ser uma busca por vingança.

-> Combate: é bem fluído e munido de controles fáceis de manejar. Acaba por se tornar um hack'n'slash, porém isso não significa que a mecânica de combate seja ruim. Há ataques básicos com a espada, ataque com o escudo para quebrar a defesa do oponente ou evitar o mesmo de finalizar um ataque forte, defesa rápida com o escudo para ataques normais de oponentes. Também é possível desviar de ataques dando cambalhotas e atirar lanças limitadas para um combate à distância.

-> Atmosfera: surpreende tanto nos gráficos assim como no áudio. É como se você voltasse no tempo e enfrentasse os bárbaros junto com os romanos. A textura é muito bonita, até se usado o gráfico baixo, e o cenário de guerra em determinados momentos deixa qualquer um boquiaberto. Ver vários soldados espalhados lutando, vários corpos no chão, tiros de catapultas explodindo contra a terra, gritos e os sons de lâminas se enfrentando.... Foi tudo desenvolvido de uma maneira perfeccionista.

-> Áudio: mesclado com a atmosfera, vale a pena destacar o áudio pela sua magnitude. As músicas são ótimas, os sons nas batalhas são ótimos, os efeitos do ambiente e da natureza não deixam a desejar.... Porém o grande destaque vai para a parte das vozes! Você consegue sentir a emoção de cada personagem falando, é algo cinematográfico, um trabalho muito bem feito que deve ser ouvido em inglês, vale a pena!

-> Cenários: mudam com frequência. Os fundos são legais, apesar de inacessíveis. Por exemplo lutar em construções altas de Roma, vendo todo o resto da cidade de longe. Há muitas paisagens naturais, florestas, mares, montanhas... Existe até um local desolado e que lembra pântano obscuro de filme de terror.

-> Comando: durante momentos específicos você vai poder liderar pequenas tropas do exército romano. São partes bem legais e sem tanta dificuldade, nem é preciso de muita estratégia. O que é marcante é criar aquele aglomerado de escudos para se proteger de flechas, e você na ponta ditando as ordens.

-> Execuções: é claro que uma das coisas que evitam o combate de ser enjoativo é a possibilidade de finalizar com os inimigos, com killmoves. Basicamente quando o oponente está fraco, você pode usar o botão de finalização, desencadeando breves cortes de cena muito legais e diversificados, tendo você apenas que apertar o botão relativo ao que aparece para prosseguir com os golpes. Se errar, a finalização acontece da mesma maneira, o que na verdade é bom, como acontece tudo muito rápido, sendo que acertar ou errar na maioria das vezes apenas afeta na pontuação de combo ganha.

-> Especiais: para quebrar as mesmas situações de combate, algumas partes do jogo proporcionam momentos únicos inesquecíveis, tais como: atirar nos inimigos com balistas, desviar de elefantes em fuga, salvar romanos presos antes que sejam queimados, lutar dentro de uma arena improvisada e do famoso Coliseu contra diferentes gladiadores.

-> Bosses: não são tantos, mas fazem total diferença. Posso dizer que você vai passar muita raiva e até pensar em desistir na primeira vez que enfrentar cada boss, mas depois que pegar o jeito e entender a estratégia de como derrotá-lo, vai vencer sem perder nem metade da vida! Isso é incrível, cada boss tem um jeito certo de derrotar, ou do contrário se torna praticamente invencível. Não há boss difícil, há a maneira certa de lutar contra cada um.

-> Outros detalhes: as interfaces são claras e fáceis de acessar; é possível pausar o jogo e acessar a console para ocultar o hud quando quiser (pontos cruciais aos fotógrafos de plantão); é possível usar um controle de X-box 360; existem várias conquistas com imagens bonitas; o jogo tem diferentes dificuldades e colecionáveis a serem coletados nas fases, aumentando sua duração; existem elementos RPG tais como nivelamento e pontos para desbloquearem ''perks'', ou bônus.


Pontos Negativos:


-> Multijogador: embora pareça ser bem interessante, não há jogadores e nem equipes disponíveis. Infelizmente ninguém joga online, sendo algo inútil e que você não vai poder contar para aumentar o tempo de jogo. Se tiver um ou mais amigos interessados, talvez ainda tenha como aproveitar.

-> Bugs: infelizmente me deparei com alguns bugs lastimáveis. Pode ser que não aconteça com você, mas deixo aqui registrado para que ninguém venha me cobrar por explicações mais tarde. Pode acontecer algum problema da câmera girar sem parar ou não aparecer um novo objetivo, sendo necessário voltar o checkpoint.

-> Repetição: não se torna de fato enjoativo, mas é um jogo extremamente repetitivo. Os inimigos sempre são os mesmos e aparecem diversas vezes seguidas no decorrer de cada fase, como um típico hack'n'slash. Felizmente os prós podem acabar vencendo os contras, veja maiores detalhes nos pontos positivos.

-> Equipamentos: não é exatamente um ponto negativo, se fôssemos considerar que os soldados do império romano não tinham assim tantas opções para equipamentos, mas se você é daqueles que gosta de muitas opções para espadas e armaduras esqueça, inexistem.

-> Itens: não existe um inventário e nem itens como poções ou alimentos para cura. É outro ponto que pode acabar sendo considerado neutro, afinal o sistema disponibilizado excluiu tais necessidades - você pode recuperar a vida após finalizar inimigos, ativando o efeito correspondente.

-> Limitação: obviamente não é um open world, sendo os cenários são bem limitados. Você não tem quase nenhum lugar ou caminho extra para explorar, é um jogo de campanha focada abrindo um espaço miúdo para mapas grandes (a duração da história principal ainda assim é longa, cerca de 6-9 horas).

-> Defesa: a mecânica de combate não é ruim, mas ao invés de ter um botão para golpes rápidos de defesa com o escudo, poderia ser um convencional de levantar o escudo e segurar na posição de defesa enquanto o botão estiver sendo pressionado. Pelo menos na minha opinião esta mecânica é insubstituível com relação à eficácia.



Em suma, "Ryse: Son of Rome" é mais do que recomendado para quem gosta de batalhas no estilo medieval e da época em que o império romano vigorava. Este não é nenhum título literalmente baseado em 'fatos reais', a história é fantasiosa e tem certa intervenção dos deuses mitológicos. A câmera é em terceira pessoa, mas ela se movimenta de um jeito estranho fora de combate, podendo dar dor de cabeça em pessoas mais sensíveis nesse sentido. A qualidade do jogo é muito alta, mesmo com um conteúdo repetitivo, consegue ser dinâmico e prender o interesse do início ao fim; a atmosfera é absurdamente boa e os gráficos são de impressionar. Mais uma vez a Crytek merece aplausos sinceros. Clique aqui para ver a Página da Loja.


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